Mesmo em uma avaliação formal, a interpretação da realidade é sempre subjetiva, o que abre espaço para vieses cognitivos, que são padrões sistemáticos de desvio da norma ou racionalidade no julgamento (segundo definição da Universidade da Califórnia, UCLA).
Vieses cognitivos que são comuns de acontecerem em avaliações de desempenho:
- Viés de confirmação: tendência de preferir informações que confirmem crenças ou hipóteses, independentemente de serem ou não verdadeiras. O indivíduo procura as informações para apoiar suas crenças, desconsiderando aquelas que não apoiam.
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- Exemplo: Você começa a ver mais carros brancos porque acredita que as pessoas gostam mais de carros brancos.
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- Efeito Halo: o efeito halo é a tendência de uma primeira avaliação positiva de uma parte resultar em uma avaliação positiva do todo.
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Por exemplo: imagine que, em uma agência, uma equipe trabalhou de maneira produtiva por um determinado período. Porém, no último dia, devido a uma única reclamação de um cliente, a equipe entrou em um súbito estado de estresse. Então, todos os funcionários passam a ver o período como improdutivo ou ruim, sendo que a equipe recebeu apenas uma objeção.
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- Efeito Horn: Já o efeito horn é o contrário, sendo a tendência de uma primeira avaliação negativa de uma parte resultar em uma avaliação negativa do todo.
- Viés de disponibilidade: tendência de considerar apenas informações que são mais fáceis de acessar (geralmente, informações mais recentes) mas que não necessariamente representam bem a realidade.
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- Exemplo: Um médico que acaba de diagnosticar dois casos de meningite bacteriana fica suscetível a vê-la no próximo paciente, mesmo que ele só tenha gripe, que se assemelha.
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- Viés de auto conveniência: tendência da percepção de si mais positiva do que a realidade.
Reflita sobre estes vieses com o comitê e tente perceber se alguns deles estão presentes nos seus julgamentos ou aconteceram durante a etapa de avaliação.