O intuito deste artigo é esclarecer possíveis dúvidas com relação à transição do teste de raciocínio fluído (RF) para o teste de raciocínio adaptativo (RA). O teste RA foi validado em função do teste RF e, abaixo, exploramos com mais detalhe esse processo.

É importante destacar que, ao compararmos a aplicação do teste de RA com o de RF,
precisamos levar em conta variações de fatores externos (como condições em que a pessoa está realizando o teste e o ambiente que a envolve). Essas variações alteram as notas em uma determinada quantidade amostral – o que chamamos de “erro” na nota do indivíduo. Dessa forma, mesmo que se aplicássemos o mesmo teste duas vezes com a mesma amostra de pessoas, os resultados obtidos certamente seriam diferentes (apesar de próximos).

Sobre o teste de RA, temos que ele apresenta uma correlação r de 0,81 com o teste de RF. Dada a alta correlação e o “erro” associado a qualquer medição de nota, é possível afirmar que os testes medem o mesmo atributo (no caso, a habilidade cognitiva do respondente). Além disso, uma vez que os dois testes apresentam a mesma escala de nota (0 a 100), é possível verificar que elas se aproximam, como explorado no gráfico abaixo:

Apenas algumas notas apresentam uma discrepância grande entre ambos os testes, o que reforça a similaridade entre os dois modelos. Também podemos observar que as distribuições de notas dos testes de RA e RF são similares, como visto nos gráficos abaixo:

Por fim, destacamos que o teste de RA foi aplicado com três amostras distintas e demonstrou desempenho similar ao teste de RF nas três aplicações. Esse exercício garante a qualidade do novo teste e assegura uma transição confiável no sistema.